Podcast para advogados: saiba como começar sua estratégia
Podcast é um formato de conteúdo em áudio. Para advogados e advogadas, é uma estratégia ágil e econômica de marketing jurídico.
- Colunistas
- André Rogal
- 01 de fevereiro de 2021
- Atualizado em: 01 de fevereiro de 2021
- Tempo de Leitura: 5 minuto(s)
Descubra as principais dicas de podcast para advogados e como ter um!
Um dos formatos de conteúdos digitais que mais ganhou visibilidade nos últimos anos é o Podcast. A tendência reflete o estilo de vida contemporâneo e também abre possibilidade, inclusive na advocacia. E é por isso que hoje trago as melhores dicas de podcast para advogados para quem quer investir no formato de conteúdo.
O Podcast nada mais é do que um conteúdo em áudio. É, desse modo, um texto narrado para o ouvinte que visita uma página na internet, blog institucional de alguma empresa, entre outros, tanto no formato auto hospedado, como streaming (a exemplo do Spotify) ou para download.
Neste sentido, o Podcast é uma alternativa muito ágil para empresários ou autônomos, como é o caso do advogado. E permite dessa maneira, a divulgação de conteúdo de sua área de atuação de uma forma extremamente prática. Ao mesmo tempo, o formato também aproxima o público, que irá se familiarizar com a voz do profissional ao narrar o Podcast.
Podcast para advogados: quais as vantagens de investir no formato
Uma das principais virtudes do Podcast para advogados é que ele é extremamente barato. Assim, configura-se como uma ótima alternativa para o profissional que quer ultrapassar a barreira do texto escrito para um formato mais dinâmico. E tudo isso, sem necessitar de um grande orçamento.
1. É uma alternativa muito barata de marketing jurídico
Basicamente, para começar um Podcast para advogados, é necessário ter à disposição um microfone de qualidade e um software de edição de áudio.
Um microfone para gravar o Podcast pode variar muito de preço. Inclusive, há opções caríssimas, utilizadas por profissionais de estúdios, músicos, entre outros. No entanto, este não é o caso para o profissional que busca apenas gravar um Podcast com conteúdo institucional para divulgação em suas mídias sociais.
Para estes casos, um microfone gamer, por exemplo, com entrada USB, já é o suficiente para iniciar. Isto porque a gravação em um aparelho com formato omnidirecional já será o bastante para que o áudio seja captado com nitidez e sem o atrapalho dos ruídos externos.
No caso dos softwares de edição, existem soluções gratuitas e pagas. O que varia, então, é a familiaridade com o software e facilidade de utilização. A função de corte, que será a principal utilizada, é inerente a todos os programas.
Minha recomendação, no caso dos gratuitos, é o Audacity. Já nos pagos, recomendo muito o Sound Forge, que é utilizado inclusive em emissoras de rádios profissionais.
O custo de um microfone e de software de edição, por maiores que sejam, ainda serão mais baratos do que o de uma câmera de vídeo profissional e um programa de edição de vídeo, por exemplo, sem contar que não exigem muito do computador que será utilizado para fazer a edição.
Até mesmo notebooks simples conseguem realizar os processos sem travamentos, ao contrário do vídeo, que vai exigir muito mais da parte técnica.

2. É ágil e mais fácil de fazer do que o vídeo
Eu realmente acredito que o Podcast deveria ser primeiro passo a ser dado pelo profissional que quer fazer algo a mais além dos textos, artigos etc. E recomendo a criação de um podcast para advogados, antes de iniciar com os vídeos.
Muitos advogados pensam em fazer vídeo logo de cara, mas não levam em consideração que este tipo de trabalho vai envolver outros esforços que podem não encaixar muito bem na rotina de alguém que ainda não está adaptado com o audiovisual.
Em primeiro lugar, é possível gravar um podcast sozinho, contando apenas com o suporte de alguém para ajudar na parte dos textos, caso o profissional julgue necessário.
Já os vídeos necessitam de uma atenção muito maior com a parte de iluminação, áudio, cenário, entre outros, mas, principalmente, da prática e intimidade que quem vai falar já possui com a câmera.
Muitas vezes, faz-se um grande investimento para começar um canal no Youtube, por exemplo. O resultado, contudo, ainda é muito cru, sem carisma ou extremamente robótico. E reflete, assim, a falta de preparo que o profissional ainda tem para com as câmeras.
É um erro achar que o talento para as câmeras é nato. Pelo contrário, é necessário fazer um treinamento específico para lidar com o vídeo, seja para vencer a timidez, ou a técnica necessária para cadenciar a voz e olhar para a câmera transmitindo segurança, bom ritmo de fala e carisma.
Nestes casos, enfim, o melhor a se fazer é um treinamento de Media Training, muito comum antigamente e que ainda pode ser muito bem aproveitado na era da Internet, que será tema de um próximo artigo no SAJ ADV.
3. Podcasts são interessantes e atrativos para o público
Antes de enfrentar toda esta empreitada, portanto, recomendo iniciar um Podcast para advogados. Narrar um texto é mais fácil e não exigirá o trato com a câmera, o que intimida muita gente. Muitas vezes o profissional sabe o que tem de falar, mas “congela” na hora de transmitir o conhecimento, por isso, iniciar com o áudio é a melhor saída.
Uma das perguntas que mais escutamos sobre os Podcast é “alguém vai ouvir este conteúdo”? A resposta é sim.
Muitas vezes, o conteúdo de um blog institucional pode ter uma versão para podcast, mais simplificada, que irá transmitir o conteúdo até mesmo em uma linguagem mais informal, o que irá facilitar o entendimento da questão para o público leigo.
É muito comum ouvirmos, no noticiário em rádio, colunistas que tratavam sobre temas específicos para o público mais geral, tornando questões complicadas em temas mais descontraídos e fáceis de entender.
Outra observação curiosa é que o brasileiro, ao se comunicar, revela cada vez mais o gosto pela voz falada. Basta notar quantas pessoas se comunicam no WhatsApp com o recurso de áudio ao invés de escreverem.
Em situações como esta, o Podcast é atrativo, prático, didático na hora de explicar temas mais complexos e se encaixa dentro de um hábito que já é comum entre boa parte das pessoas.
4. O segredo está no roteiro
Por fim, o segredo de um Podcast para advogados bem feito está no roteiro. Quem deseja começar o formato precisa de um texto produzido para ser lido em voz alta. Ou seja, palatável para a linguagem falada, bem diferente da escrita.
Esta observação é de grande importância para os advogados. Afinal, precisa haver uma grande adaptação no texto jurídico tradicional para que ele soe agradável em um podcast. É importante apostar em parágrafos curtos e frases enxutas, para não perder o folego ao longo da narração.
Para este tipo de trabalho de roteirização, recomendo contar com uma agência. Jornalistas experientes em produção para rádio saberão como adaptar a linguagem escrita para um texto que será narrado. Depois, é só caprichar na voz e gravar, sendo que a prática, em pouco tempo, trará um ritmo ideal para as locuções.
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